quarta-feira, 30 de maio de 2018

Japão pretende aumentar visto de estagiários para 10 anos a partir de abril de 2019

Intenção do governo é combater a falta de mão de obra em cinco áreas
Estagiários estrangeiros no Japão

O governo deve introduzir um novo visto de residente que permitiria aos estagiários estrangeiros trabalhar por até 10 anos no Japão, com o objetivo de combater a falta de mão de obra em cinco áreas, incluindo construção, agricultura e cuidados a idosos, informou o jornal Mainichi nesta quarta-feira (30).

Atualmente, os estagiários podem ficar no Japão por até cinco anos. Os estrangeiros que completarem o programa de estágio ou aqueles que adquirirem um certo nível de habilidade em uma determinada área seriam elegíveis para o novo visto de residência de cinco anos.

O governo pretende introduzir o sistema em abril de 2019 e apresentar uma proposta de revisão da Lei de Controle de Imigração e Reconhecimento de Refugiados, possivelmente durante a sessão extraordinária do Parlamento, no outono.

O plano para introduzir esse visto vem depois que o primeiro-ministro Shinzo Abe instruiu o governo a considerar medidas concretas para expandir a aceitação dos trabalhadores extrangeiros durante uma reunião do conselho na política econômica e fiscal, em fevereiro.

O programa de treinamento técnico de estagiários foi originalmente concebido como uma contribuição para a comunidade internacional, recebendo trabalhadores de nações em desenvolvimento e ensinando-lhes habilidades tecnológicas japonesas.

Atualmente, o sistema existe em 77 campos diferentes, como construção, fabricação de têxteis, agricultura e cuidados a idosos. Organizações nos países envolvidos procuram estagiários e os enviam para o Japão, onde as associações de fiscalização apresentam os locais de trabalho.

O novo visto não estaria disponível apenas para aqueles que concluíram o programa de estágio, mas também para quem passar nos exames de avaliação de habilidades técnicas dados pelos ministérios dos governos envolvidos, com domínio suficiente do idioma japonês para o cotidiano. Além das classificações existentes, o novo status também deve ser aplicado a setores como a construção naval e o turismo.

Os dependentes não poderiam morar com o portador do visto no Japão. No entanto, se a pessoa adquirir uma certificação, como a de um profissional de saúde, por exemplo, durante sua permanência no Japão, ela poderia ter seu status alterado de acordo com a profissão. Isso permitiria que os membros da família viessem ao Japão, além de permitir que o residente permanecesse no Japão por um período mais longo.

De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, até o final de outubro de 2017, dos cerca de 1,27 milhão de trabalhadores estrangeiros no Japão, cerca de 20%, ou 258 mil, eram estagiários técnicos estrangeiros.

Se os estrangeiros puderem trabalhar no Japão sob o novo visto residencial, o governo estima que o número de trabalhadores deve  crescer em dezenas de milhares por ano, porque eles poderiam esperar uma remuneração melhor do que os estagiários técnicos.

No entanto, o próprio programa de estágio tornou-se problemático com escândalos como a retenção de pagamentos. Por causa disso, uma legislação que entrou em vigor em novembro de 2017 estabelece punições por infração aos direitos humanos dos estagiários e reforça o monitoramento de seus empregadores.

Para evitar que os mesmos problemas surjam com o novo visto de trabalho, o governo está considerando capacitar o Departamento de Imigração do Ministério da Justiça para supervisionar os empregadores que contratariam trabalhadores estrangeiros sob o novo visto.
Fonte: Alternativa

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Japão abre inscrições de bolsas de estudo para brasileiros com ajuda mensal de ¥143 mil

Contemplados terão as passagens de ida e volta custeadas pelo governo
Bolsas MEXT

O Ministério da Educação do Japão (MEXT, em inglês) abriu inscrições para alunos brasileiros interessados em receber bolsa de estudos no Japão.

Os contemplados terão as passagens de ida e volta custeadas pelo governo e uma ajuda mensal a partir de ¥143 mil (com alguns acréscimos para estudantes de mestrado e doutorado).

As bolsas são focadas na realização de pesquisa em universidades japonesas, com possibilidade de fazer mestrado ou doutorado, mediante aprovação do projeto de pesquisa apresentado.

Os alunos interessados devem se inscrever até o dia 29 de maio para participar do processo seletivo. Os candidatos deverão fazer uma prova inscrita de inglês e japonês no dia 12 de junho e a avaliação irá considerar a nota mais alta do aluno. Há ainda uma entrevista marcada para o dia 29 de junho.

A segunda fase do processo seletivo, para os aprovados na entrevista, envolve envio de documentos e contato direto com a universidade japonesa que deseja estudar. Os aprovados poderão partir em abril de 2019 para dois anos de estudo ou em outubro de 2019 para um ano e meio de estudos no Japão.

As bolsas do MEXT oferecem curso de japonês nos primeiros seis meses no país, apenas para os alunos que possuam baixo conhecimento do idioma.

Os alunos interessados também devem cumprir alguns requisitos básicos para participar da seleção, como ter idade inferior a 34 anos e não ter nacionalidade japonesa.

Os interessados também devem ter nível superior completo ou formação prevista até junho de 2019. Para quem não domina o idioma japonês, é necessário ter conhecimento avançando da língua inglesa.

Veja mais informações sobre os requisitos e o processo seletivo na página da Embaixada do Japão no Brasil: br.emb-japan.go.jp/itpr_pt/pesquisa.html.
Fonte: Alternativa